A palavra abdicação
tem origem no latim abdicatio, abdicationis, a qual, originalmente
tinha várias acepções, sendo aplicado pelos antigos em distintas situações. Por
exemplo: quando um magistrado renunciava seu destino político, algo que se dava
voluntariamente ou por imposição de seus superiores; quando um cidadão
renunciava seu direito de cidadania; quando um pai renunciava a um filho
culpado de algum delito, o que era feito mediante um ato solene, exercido sob a
égide da justiça, no qual o pai, em voz alta, anunciava que não reconhecia mais
aquele como seu descendente de sangue, todavia, esta lei não era admitida em
Roma, sendo praticada em Atenas, na Grécia. Abdicação significa, pois, renúncia, desistência, resignação, o ato de abdicar. Exemplos da Literatura: de Machado de Assis, em “Quincas
Borba”: “A cara ficou séria,
porque a morte é séria; dois minutos de agonia, um trejeito horrível, e estava
assinada a abdicação”;
Lima Barreto, em “Cemitério dos Vivos”: “Não é
dos mais agradáveis e é preciso, além de paciência e resignação para aturá-los, uma abdicação de tudo aquilo que faz o encanto da vida de todo o homem”; de Almeida Garret,
em “Viagens na Minha Terra”: “Que deliciosas imagens que excita de abandono — passe
o galicismo — de confiança, de absoluta e generosa renúncia a todo o capricho,
de perfeita e completa abdicação de
toda a vontade própria!”
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É isso!
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