Anômalo, do latim anomalus, é
formado de a (prefixo grego de negação)
e homalos, que significa: igual, parecido,
semelhante, ou seja: não-semelhante, não-igual. Há, porém, quem o faz derivar
de a (sem) e nomos: lei, regra, isto é: sem regra, não regular, irregular. Os
dicionários apresentam, entre outros, os seguintes sentidos para este termo: oposto à ordem natural,
anormal, aberrante, desigual, excepcional. Da mesma origem resulta anomalia: anormalidade, desigualdade, irregularidade, monstruosidade, exceção à
regra, aberração etc.
Exemplos de uso:
“As leis naturais pelo próprio jogo parecem extinguir, a pouco e pouco,
o produto anômalo que as viola,
afogando-o nas próprias fontes geradoras” (Euclides da Cunha: “Os Sertões”). / “No tempo da conciliação, a política imperial, aliás com intenções
louváveis, longe de promover a restauração dos antigos ou criação de novos
partidos até certo ponto concorreu para agravar esse estado anômalo, com a conhecida repugnância de
usar da prerrogativa de dissolver a câmara” (José de Alencar: “Escritos
Políticos”). / “O professor estudou no
gabinete; consultou as obras dos mestres, coligiu observações alheias, e
arranjou um sistema sobre o que não sofre regras: sobre a paixão cuja essência
é o imprevisto, o anômalo, o indefinível”
(José de Alencar: “A Pata da Gazela”).
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É isso!
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