Autômato é uma figura, que
imita os movimentos dos seres animados; máquina que parece
mover-se de si
mesmo, por efeito de suas molas, pesos, rodas, com os relógios; pessoa
inconsciente, cujos atos obedecem à vontade alheia ou não são
precedidos de reflexão; a gente estúpida, que fala, opina e executa, como uma
máquina, sem vontade própria. Tal palavra vem do grego autômatos: espontâneo,
voluntário, que obra por si; composto de autos:
si mesmo, e mao: desejar, querer.
Exemplos de uso:
“Da mesma sorte que os autômatos, obedecendo à pressão da mola
que os põe em movimento, executam evoluções regulares, o corpo dos homens de
têmpera vigorosa tem a propriedade de reter em si os impulsos da vontade e
dirigir-se por essa norma, ainda quando a alma entra em repouso e abandona por
assim dizer o invólucro de sua materialidade” (José de Alencar: “O Sertanejo”). / “Nos primeiros dias de julho, em lugar dos vinte malfeitores que dantes
trazia mais ou menos ligados consigo, contava o Tunda-Cumbe número superior a duzentos;
e por tal forma lhes havia imposto a sua autoridade, que a seu grado os dirigia
e movia tão bem como se foram puros autômatos”
(Franklin Távora: “O Matuto”). / “— De
estatura menos que meã, alcachinada e torpe, balouçava à frente o tronco em
perros movimentos de autômato,
atirando ao acaso as pernas, desarticulando em bruscos sacões o arcabouço
descarnado” (Abel Botelho: “Amanhã”).
---
É isso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário