Trata-se de um termo latim anachoreta,
do grego anachoreo: eu me retiro, composto do prefixo ana: para trás, para dentro, e choreo: eu vou. Anacoreta é o solitário, emitirão, que vive afastado
das relações sociais e que se entregou à virtude e à penitência.
Exemplos de uso:
“... E surgia na Bahia o anacoreta
sombrio, cabelos crescidos até aos ombros, barba inculta e longa; face
escaveirada; olhar fulgurante; monstruoso, dentro de um hábito azul de brim
americano; abordoado ao clássico bastão em que se apóia o passo tardo dos
peregrinos...” (Euclides
da Cunha: “Os Sertões”). / “Ainda que sem
fé a princípio, e sem esperança alguma de resultado - e talvez por isso mesmo -
entregou-se como outrora às práticas do mais austero ascetismo, e na solidão de
sua cela deu-se à vida de penitência e contemplação com uma exaltação e fervor
dignos dos antigos anacoretas dos
desertos da Calcida, da Nitria e da Tebaida” (Bernardo Guimarães: “O
Seminarista”). / “Mandou-lhe o mestre abrir a boca, na qual
havia três dentes, um à frente, que me parecia uma sentinela da saúde, para não
deixar ninguém chegar ali sem primeiro fazer quarentena com receio de peste.
Outro num lado, que me parecia um anacoreta
pelo solitário e amarelo; e outro do outro lado, que me pareceu destes bonecos
da China, que em se lhe mexendo ficam a dar com a cabeça por algum espaço” (Antônio Manuel Policarpo da Silva: “O
Piolho Viajante”).
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É isso!
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