Havia antigamente em Lisboa uma
espécie de magistrado de polícia, a quem se dava o nome de pai dos velhacos.
Era o mister deste magistrado o indagar dos moços vadios que havia na cidade,
ou a ela vinham ter de outras partes do reino, aos quais devia prover de amos
ou mestres, que lhes ensinassem ofícios. A mesma espécie de magistratura
existia na cidade do Porto, como se vê de uma provisão real existente no
cartório da câmara, e passada no ano de 1535. Por este documento consta que
aquele cargo era dado a um cidadão honrado, que por este serviço vencia ordenado,
ou mantimento, pago por el-rei.
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